ATA
DA PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA
SEXTA LEGISLATURA, EM 07-01-2015.
Aos sete dias do mês de
janeiro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda
chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista,
Professor Garcia e Tarciso Flecha Negra, titulares, e Cassio Trogildo, não
titular. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceram os vereadores João Carlos
Nedel, Márcio Bins Ely e Waldir Canal, titulares. Do EXPEDIENTE, constou o
Ofício nº 1339/14, de Marcos Alexandre Almeida, Coordenador de Filial da Caixa
Econômica Federal. Em continuidade, foram aprovados Requerimentos verbais
formulados pelos vereadores Clàudio Janta e Mauro Pinheiro, solicitando,
respectivamente, que os vereadores fossem dispensados do uso da indumentária
prevista no artigo 216, inciso III, do Regimento durante as reuniões ordinárias
da Terceira Comissão Representativa e que o tempo para pronunciamento no
período de Comunicações fosse reduzido de dez para cinco minutos. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, João Carlos Nedel, Paulinho
Motorista e Tarciso Flecha Negra. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador Clàudio Janta. Às dez horas e quarenta e sete minutos, o Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Reunião
Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Mauro Pinheiro e
secretariados pelo vereador Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos às
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que sejamos dispensados do
uso de terno e gravata em função do calor e de as atividades da Reunião
Ordinária serem mais informais.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Clàudio Janta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Pelo Regimento, as falas do período de Comunicações
devem ser de 10 minutos, mas, historicamente nas Reuniões Ordinárias, têm sido
de 5 minutos. Em votação o acordo para que o tempo de fala de cada um dos
Vereadores, na Reunião Ordinária, seja de 5 minutos, em vez de 10 minutos.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações.(Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra em Comunicações.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, senhoras e senhores membros desta Casa, no dia de ontem,
o Brasil começou a ver uma triste realidade que estava encoberta, guardada a
“sete chaves”, não se sabe como, não se sabe por que 800 trabalhadores da
Volkswagen do Brasil receberam, no dia 31 de dezembro, um comunicado da empresa
de que as suas férias coletivas que terminavam agora, na verdade, estariam
iniciando o seu aviso-prévio. Sabemos que isso está dando início a um grande
efeito cascata. Nós temos filiados, temos participado de negociações na GM, em
Gravataí, onde a empresa tentou, no final do ano, afastar um grande número de
operários e já iniciou o processo de recomposição do salário dos trabalhadores.
Isso vai se transformar num efeito cascata no setor automotivo no Brasil, um
setor que por muitos anos o Governo vem “tapando o sol com a peneira”, há muito
tempo o Governo não vem enfrentado as dificuldades desse setor. O Governo vem
dando incentivos, vem dando subsídios, mas não vem enfrentando o que realmente
esse setor vem passado, Ver. Tarciso Flecha Negra, que é a concorrência
desleal. A indústria automobilística brasileira vem enfrentando uma
concorrência desleal com as empresas de fora que trazem seus produtos para cá.
Montadoras nada mais são do que a gente comprar um guarda-roupa, comprar um
armário numa loja e a loja ir a nossa casa montar esse armário, esse
guarda-roupa. Então, essas empresas que vêm de fora fazem isto: elas trazem os
carros desmontados, chegam aqui, vêm os pacotes de parafusos, elas só montam
esses carros. Elas não produzem esses carros no Brasil. E as nossas indústrias
automobilísticas, ao contrário, elas produzem esses carros no Brasil, porque
todas elas têm acoplado à sua planta industrial uma grande ponta de empresas
que fornecem a matéria-prima, desde o vidro, a borracha, todos os produtos para
criar um automóvel. Um exemplo disso é a planta da GM aqui em Gravataí, outros
exemplos são as plantas da Volkswagen e as plantas de indústrias da Renault, que nós temos em Curitiba.
Agora nós temos empresas que somente apertam
parafuso no Brasil, então é uma concorrência muito desleal. Nós não podemos ver
carros sendo vendidos pela metade do preço, já que essas empresas somente, como
diz o nome, montam, elas não produzem, elas não fabricam. Então eu acho que o
Governo tem que enfrentar isso, porque esse “efeito cascata” não vai atingir
somente a indústria automobilística, não somente a indústria da ponta; vai
atingir toda uma cadeia, todo um setor, como nós vimos agora na questão da
Petrobras, que atingiu, aqui do lado, em Charqueadas, cinco mil postos de
trabalho.
Eu vou encaminhar com todos os Líderes que
participam, já me informei aqui com a Mesa, nós precisamos do apoio de dez
Líderes que estão neste período na Casa aqui, para que nós façamos uma Moção de
Apoio aos funcionários da Volkswagen que passam por esse problema, que, na
verdade, é de todos que trabalham nesse setor no Brasil. Com força, fé,
esperança e solidariedade, nós vamos enfrentar essa crise e melhorar a vida dos
trabalhadores brasileiros. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, eu gostaria de dar as boas-vindas na nossa primeira
Sessão e dizer que será um prazer poder secretariá-lo, e dar as boas-vindas aos
colegas e demais funcionários desta Câmara.
Nós tivemos ontem, aqui em Gravataí, na freeway, um acidente que vitimou seis
pessoas. Em princípio se tem conhecimento de que o motorista exercia velocidade
não adequada para aquela parte da estrada, através do tacógrafo. O meu colega
de Gravataí, Delegado Anderson, comprovou que o motorista estava em velocidade
não compatível para aquele local.
Outra coisa a ser discutida é o cinco de segurança
nos ônibus. É uma necessidade que nós, que andamos de ônibus, temos que tomar a
iniciativa e proteger a nossa própria vida. Então não é necessário que o
motorista, em todas as viagens, vá, de banco em banco, inclusive em linhas que
são pinga-pinga – como era essa linha – verificar se as pessoas estão com o
cinto de segurança. Infelizmente nós temos que ver isso e também temos que ver
que – se não me engano, essa empresa já tem cinco acidentes graves em 31 dias
–, talvez, não seja só causalidade.
Um outro fato é a nossa posse, a posse do novo
Secretário de Segurança, a qual esperamos muito. Quero parabenizar o antigo
Secretário pela sua postura, pelo seu trabalho, pelo seu empenho e desejar ao
novo Secretário que nos traga mais segurança; que em 2015 possamos diminuir os
atentados a bancos, possamos diminuir os assaltos a veículos, possamos diminuir
os homicídios, roubos, furtos, que infelizmente estão em alta.
No seu último decreto, o Governador Tarso nomeou
650 agentes que estavam à espera, em uma luta. E isso é muito
pouco, ainda é muito pouco para a Polícia Civil, que tem uma grande defasagem.
Assim como esperamos que sejam nomeados os peritos, os agentes penitenciários
e, principalmente, os policiais da Polícia Militar, os nossos brigadianos,
porque existe uma defasagem muito grande, muito séria em relação a quem faz
polícia ostensiva.
Outro fato que eu também gostaria de colocar aqui é o escândalo das próteses, a que assistimos, agora, numa reportagem do programa Fantástico, e um procedimento, um inquérito policial que o colega Daniel Mendelski vem apurando há quatro meses. É um procedimento que deve ser bem apurado, que não pare só nas próteses: nós temos de verificar, senhores, os remédios também, o conteúdo, as mudanças, o seu número excessivo, pois, muitas vezes, vamos consultar e voltamos com duas, três receitas invocando remédios. Então, nós temos que verificar isso: a presença dos laboratórios e dos seus vendedores nos consultórios médicos, dentro dos postos de saúde, bem como nos hospitais...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. DELEGADO
CLEITON: ...E, para isso, a instituição fiscalizadora deve
agir, e agir com rigor. Existe um procedimento administrativo que tem que ser
feito com muito rigor! E temos que avançar, infelizmente, temos que avançar.
Não devemos parar na prótese. Vou repetir: que não pare nas próteses, devemos
verificar os excessos de remédios e o número de laboratórios que os repassam
para as áreas de saúde. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª
Jussara Cony está com a palavra em Comunicações.
A SRA. JUSSARA CONY: Bom dia a todas as
Vereadoras e a todos os Vereadores. Eu inicio este primeiro momento na tribuna, como
membro da Mesa Diretora, dizendo, Ver. Mauro Pinheiro, nosso Presidente, Ver.
Cleiton, nosso Secretário, Ver. Paulinho, demais colegas Vereadores, da
disponibilidade, pela honra que me foi concedida pelo meu Partido, o PCdoB, de
me indicarem para a composição neste ano de um trabalho muito efetivo junto a
esta Mesa Diretora.
Eu quero destacar – acho que é importante que
tenhamos isto presente, porque é um processo de continuidade – o comando que
tivemos aqui, na Legislatura passada, do Professor Garcia e a certeza de que,
agora, sob o comando do Ver. Mauro Pinheiro e nesta composição, nós, sem dúvida
nenhuma, teremos condições de dar continuidade e avançar ainda mais. Eu senti
muito isso já nas articulações feitas e, principalmente, no pronunciamento do
nosso Presidente, quando assumimos a nova Mesa Diretora na segunda-feira.
Quero destacar duas questões que completaram a
concepção que o PCdoB tem e que foram trazidas, entre outras, pelo nosso
Presidente. Uma delas é uma experiência importantíssima – e há pouco conversava
com o Ver. Janta, o Ver. Mauro e eu – que já existe em Natal, no Rio Grande do
Norte. No Fórum Social Temático de 2013, o Ver. Janta e eu fomos indicados para
representar a Câmara de Vereadores na organização do Fórum, e acabou esta
Câmara de Vereadores absorvendo 50 atividades do Fórum Social Temático, e essa
discussão foi muito aprofundada, as experiências foram aqui trazidas. E o Ver.
Mauro traz, com muita propriedade, a busca dessa construção liderada pela nossa
Câmara de Vereadores, mas com a participação de toda a Região Metropolitana,
que é a experiência de um fórum da Região Metropolitana, algo que será
estratégico para as várias políticas públicas. Nós não podemos pensar a saúde e
a construção do SUS sem uma articulação integrada das regiões, até porque o SUS
se materializa com regulação e com regionalização. E a regionalização de uma
Região Metropolitana, que conflui para Porto Alegre – e não só essa região, mas
também todo o Estado nessa questão da saúde –, é importante, inclusive, para
que possamos dinamizar, como Vereadores, a porta de entrada do Sistema Único,
que é Atenção Básica. Outra questão importantíssima e que foi trazida pelo Ver.
Mauro, no primeiro momento, é a questão da reforma urbana. Nós não vamos ter
mobilidade urbana com a dinâmica necessária se não trabalharmos também sob a
ótica de regiões metropolitanas. Então acho que essa é uma das propostas
importantes, e, além disso, é uma proposta que é um resgate. Eu lembro, quando
fui Vereadora, há 30 anos, que esta Câmara Municipal trabalhou o que o Ver.
Mauro trouxe, resgata historicamente que é uma Câmara Municipal itinerante na
cidade de Porto Alegre. Inclusive, o Vereador faz uma referência, dirigiu-se ao
Prefeito, do significado de um trabalho conjunto nesse sentido, porque quem
ganha com isso é o povo de Porto Alegre.
Eu subo a esta tribuna dizendo da importância desta
capacidade que nós estamos tendo nesta Legislatura quanto aos mandatos da Mesa
Diretora; dar consequência e avançar ainda mais é uma tarefa e um desafio para
a nossa Mesa Diretora. Então cumprimento todos os meus colegas e digo que, em
nome do PCdoB, procurarei representar à altura do povo de Porto Alegre, à
altura do significado desta Câmara, que tem uma história ligada à democracia, à
participação popular, de que nós possamos implementar, entre os outros que o
Ver. Mauro trouxe, esses dois movimentos, que é o Parlamento se deslocar
itinerantemente para mais participação popular e o Fórum da Região
Metropolitana de Porto Alegre, das Câmaras Municipais. Eu acho que a cidade de
Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul têm muito a ganhar com isso, e, naturalmente,
nós, a Câmara da Capital, temos o dever de dar exemplos e dar dinâmicas
diferenciadas no sentido de garantir as políticas públicas e a participação
popular no processo de incentivar que essas políticas públicas se materializem
na vida das pessoas.
Muito obrigada, um bom ano para todos nós. Acho que
podemos continuar e avançar na articulação política ampla que temos tido todos
aqui nesta Câmara Municipal, respeitando as nossas diferenças, o nosso olhar
político, as nossas concepções ideológicas, mas trabalhando num conjunto que
garanta o avanço da dignidade do povo de Porto Alegre. Um bom dia a todos,
muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Obrigado, Ver.ª Jussara Cony.
A Ver.ª Lourdes
Sprenger está com a palavra em Comunicações.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assiste, desejamos um bom 2015,
apesar dos arrochos que estão aí, mas esperamos que eles sejam passageiros.
Sobre o acidente que
o Delegado Cleiton falou, ele ocorreu no Município de Glorinha, minha região, e
foi um abalo muito grande, porque houve mortes. Isso nos deixa muito tristes
neste início de ano, porque nós, que fomos criados naquela região, conhecemos
descendentes daquelas famílias. Observei que a imprensa acusou muito o excesso
de velocidade, ainda está sob perícia, mas naquela região há muitas curvas, e é
preciso conhecer a estrada; mesmo com os alargamentos, continua tendo muitos
acidentes. Quero lamentar por aquelas famílias que perderam seus entes e pelos
que estão no hospital.
Também não podemos
deixar de lembrar os vários acidentes que ocorreram em várias cidades
brasileiras. Aqui mesmo em Porto Alegre, muitos ficaram hospitalizados, muitos
sequelados, em função dos festejos com fogos de artifício. No hospital de
Pronto Socorro uma criança ainda estava se recuperando, porque queimou os
olhos; no Rio, com toda a segurança, houve um incêndio em uma balsa, felizmente
não houve danos físicos; uma pessoa estava filmando em uma sacada, e um foguete
entrou sala adentro atingindo as pessoas; até uma tragicomédia, as pessoas
montaram os fogos, e, quando acenderam, eles reverteram para aqueles que
estavam atirando fogos, e saem todos em disparada,
certamente, atingidos. Em Maringá, 20 pessoas foram queimadas, e a festa
continua, sem segurança, continua sendo vendida em distribuidoras, conforme
filmado e visto pela TV; são diversas pessoas comprando, nem sempre sabem o que
estão comprando, e há a dificuldade de identificar nos fogos importados a
tradução e a forma de uso. Isso tudo continua acontecendo da Capital e em
outras cidades. A nossa legislação municipal, depois da alteração, ficou bem
mais permissiva, com o uso em qualquer local, embora tenhamos a legislação
federal, mas esta é mais na base de comercialização.
Quero dizer que mesmo
que o meu projeto não tenha passado, ou tenha ficado em alguma Comissão, eu
continuarei defendendo a prevenção da vida; a prevenção das despesas nos
hospitais, que são pagas pelos cofres públicos, e estas empresas em nada
contribuem, porque há um monopólio aqui no Rio Grande do Sul.
E também, esses shows realizados por prefeituras hoje já
estão sendo observados por advogados que irão responsabilizar uma prefeitura,
onde várias pessoas saíram queimadas, porque, realmente, quem contrata esses shows, por mais seguros que sejam,
sempre podem dar algum dano, algum problema. E eu fico impressionada, porque a
nossa Capital continua investindo, e eu vou querer saber quanto custou esse show, novamente, se tem licitação para
fazer esse show aqui em Porto Alegre.
Um bom dia a todos.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Registro a
presença do Ver. João Carlos Nedel. O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra
em Comunicações.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Bom dia a todos os
Vereadores e Vereadoras, ao nosso Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, na nossa
primeira sessão do ano de 2015; público que nos assiste nas galerias e na
TVCâmara; senhoras e senhores, eu quero, inicialmente, aqui nesta primeira intervenção
do ano, desejar a todos um iluminado 2015, que esse possa ser um ano de avanços
e conquistas importantes, em especial aqui na comunidade porto-alegrense. A
nossa nova Mesa terá um grande desafio este ano de comandar os trabalhos do
Legislativo. Eu quero dizer que ao mesmo tempo em que me despeço da Mesa, na
condição de 3º Secretário, tenho certeza de que o nosso colega de Bancada, Ver.
Delegado Cleiton, tem plenas condições de desenvolver um belo trabalho, junto à
nova Mesa. Quero falar também um pouquinho deste início do novo Governo do
Estado, desejando êxito ao Governador Sartori e a toda sua equipe. A gente
percebe que, neste início de mandato, está bastante complicada a questão
financeira do Estado. O nosso Partido, o PDT, confirma participação, por meio
do companheiro Vieira da Cunha, na Secretaria da Educação; do companheiro
Gerson Burmann na Secretaria de Obras; e tantos outros trabalhistas que também
estarão dando a sua contribuição, Ver.ª Lourdes, ao Governo do PMDB. Inicia-se
um novo ciclo que, realmente, enfrentará uma grande crise financeira, mas
acreditamos que, se todos colaborarem, vamos conseguir superar toda e qualquer
dificuldade.
Eu quero dizer que,
com muita honra, fui convidado para ser Secretário Adjunto de Educação do
Estado, e tenho procurado aqui nas Bancadas o apoio para que a gente possa,
realmente, desempenhar essa missão, quem sabe continuar com os compromissos do
trabalhismo com a Educação, como sempre o nosso querido Governador Brizola, que
hoje se encontra no Oriente Eterno, pregou: com as quase 6 mil brizoletas que
construiu aqui no Estado e, depois, no Rio de Janeiro, os CIEPs, o compromisso
com a escola de turno integral. O Ver. Tarciso sabe que um trabalhista não pode
fugir do compromisso de poder também dar a sua contribuição nessa Pasta tão
importante, que diz respeito à formação das nossas crianças. Toda a nossa rede
escolar, hoje, no Estado, tem quase 3 mil colégios. Só em Porto Alegre são mais
de 250 escolas estaduais. Então, quero dizer que foi com muita honra que nós
recebemos esse convite e vamos trabalhar no sentido de poder concretizar essa
ida para o Governo do Estado, podendo dar a nossa contribuição junto ao Governo
Sartori e ao Estado do Rio Grande do Sul.
Ver.
Delegado Cleiton, há um amigo nosso Vereador lá no Distrito Federal, também
professor – casualmente ele concorreu a Vereador com o mesmo número que eu
concorri, nº 12345 – que brincava comigo assim: “Márcio, sabe qual é o dia mais
importante do ano?” “Não, qual o dia mais importante do ano?” “É o dia do
começo das aulas, quando a criançada volta para o colégio, aquela alegria”. É
quando começa o ano, o pessoal, às vezes, Ver. Mauro Pinheiro, brinca: “O ano
começa em março, porque, primeiro, tem as festas, em janeiro o pessoal dá uma
descansadinha, e fevereiro tem o carnaval”. Realmente, o calendário escolar
pauta muitas situações que envolvem todas as logísticas das comunidades. Então
eu quero agradecer a todos que já estão conosco dando a oportunidade legal para
que a gente possa assumir esse compromisso. Hoje à tarde, a nossa Bancada vai
se reunir com o Secretário, e é com muita alegria que a gente faz essa
comunicação aqui neste plenário. Quero dizer que, com muita humildade, nós
vamos procurar também estar dando uma atenção especial aos colegas deste
Legislativo no que diz respeito principalmente à 1ª CRE e às questões que
envolvam a educação no nosso município de Porto Alegre e no Estado do Rio
Grande do Sul, de um modo geral. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; meus colegas Vereadores e Vereadoras, quero,
inicialmente, desejar um grande ano de 2015 a todos, porque nós, na Câmara,
temos muitos desafios pela frente, temos muito trabalho que deve ser produtivo
em benefício da sociedade. Quero cumprimentar o Presidente Mauro Pinheiro e
desejar um grande mandato, porque o seu sucesso é o sucesso de todos os
Vereadores, fortalecendo, cada vez mais, a instituição Câmara Municipal de
Porto Alegre.
Eu queria dizer que
tenho uma boa notícia, que é justamente a nomeação de Eliseu Padilha para o Ministério da Aviação Civil,
que tomou posse ontem, dizendo que uma de suas prioridades será o Aeroporto
Salgado Filho. É uma luta para Porto Alegre a expansão da pista e os
melhoramentos do nosso Aeroporto Salgado Filho. Estão em andamento várias
obras, como a expansão do terminal de passageiros, a expansão dos acessos ao
Aeroporto. Mas a grande missão que nós temos é a expansão de 920 metros do
nosso Aeroporto. Com essa expansão, Ver. Tarciso, nós podemos trazer voos charters diretamente da Europa; podemos
também fazer as nossas exportações diretamente para a Europa, sem escalas e com
grande economia.
O Rio Grande do Sul
está perdendo, senhoras e senhores, R$ 3 bilhões por ano em exportações, que
são desviadas e destinadas para outros portos e aeroportos.
Muita gente diz que é
importante a instalação de um novo aeroporto lá em Portão. Não podemos ser
contra, no entanto, um novo aeroporto demora aproximadamente 20 anos para ser
construído. Ora, em 20 anos, perdendo todos os anos R$ 3 bilhões em
exportações, são R$ 60 bilhões em exportações que perde o Rio Grande do Sul
porque a pista do nosso aeroporto não permite, Ver. Márcio Bins Ely, decolagens
e pousos de aviões maiores. Isso dá um prejuízo financeiro muito grande ao Rio
Grande do Sul. Ainda bem que o Ministro Padilha deu prioridade para o término
das obras do nosso Aeroporto.
A Prefeitura já realocou
a Vila Dique e vai realocar a Vila Nazaré. O Estado já desapropriou uma vila ao
lado. Está tudo pronto. Os investimentos estão sendo feitos, a atividade
privada está sendo fortalecida lá.
Então, senhoras e
senhores, meus colegas Vereadores, vamos juntar forças este ano para que,
realmente, a pista do nosso Aeroporto Salgado Filho seja ampliada, trazendo
turismo para o Rio Grande do Sul e exportações, divisas para o nosso País.
Muito obrigado e um feliz Ano Novo a todos.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.
Paulinho Motorista está com a palavra em Comunicações.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa dia, Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Ver. Delegado Cleiton, demais
Vereadores, pessoal que nos assiste em casa, pessoal nas galerias, todos os
funcionários desta Casa, pessoas que nos auxiliam no dia a dia, muito obrigado
e feliz 2015 para todos! É uma honra, Presidente Mauro, trabalhar com V. Exa.
neste ano de 2015. Com certeza, fará um belo trabalho, porque o conheço já há
dois anos e sei da sua competência. Nossos presidentes que o antecederam, o
Ver. Professor Garcia foi um ótimo Presidente, fez um belo trabalho e nos
ajudou muito; quando comecei meu mandato, com o Presidente Ver. Dr. Thiago, que
não posso deixar de falar, também fez um belo trabalho, para mim foi um
excelente Presidente. Trabalharemos em 2016 com o nosso Ver. Cassio Trogildo,
também um ótimo Vereador, uma pessoa de batalha e, com certeza, fará um belo
trabalho.
Hoje eu quero dar os parabéns, até atrasado, porque
foi no mês passado que, há 31 anos, em 1983, o Grêmio Foot-Ball foi campeão do
mundo. Parabéns, Ver. Tarciso Flecha Negra. Estava olhando o vídeo ainda nessa
semana, o Ver. Tarciso Flecha Negra foi quem deu o passe, na final da
Libertadores, para o Renato Portaluppi cruzar a bola para a área. Saiu dos pés
do Ver. Tarciso Flecha Negra. E na final, em Tóquio, o Ver. Tarciso Flecha
Negra deu o passe final para o Renato concretizar 2x1 para o Grêmio ser
campeão. Tarciso, essa pessoa sempre humilde, simples, que está aí, que eu
conheci há dois anos, eu tenho a honra de dar os parabéns ao senhor, pessoa
humilde. Poucos jogadores foram campeões do mundo, e o Tarciso pode dizer: eu
sou campeão do mundo. Mas o Tarciso é sempre simples, conhecido em qualquer
lugar que chega por ser campeão do mundo. Para mim simplicidade e humildade são
tudo para um ser humano, Tarciso.
O Sr. Alceu
Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver.
Paulinho Motorista. Para mim também é uma grande honra fazer um aparte e falar
do nosso Grêmio, que foi um verdadeiro clube, que deu uma aula de futebol nos
anos 80 para o mundo todo, e eu sempre costumo dizer que o que marca é o
primeiro. Foi o primeiro a ser campeão da Libertadores. Foi o primeiro a ser
campeão do mundo. Tudo é o primeiro que marca, na sua vida, na sua história.
Fico muito feliz que o senhor tenha tocado nesse assunto, isso é muito
importante. Lembro como se fosse hoje. Quando Tarciso fez o passe, meu amigo,
foi de arrepiar. Eu estava lá em São Paulo também, em 1981, quando o Grêmio fez
aquela caminhada ganhando o Campeonato Brasileiro com gol do Baltazar. E mais
ainda: foi muito triste quando fomos roubados pelo Flamengo aqui dentro do
Estádio Olímpico. Achava que o vice não ajudava nada, mas foi o que nos levou a
ser Campeão da Libertadores e Campeão Mundial. Obrigado, Ver. Paulinho.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Meus parabéns também para o Inter, que fez 8 anos que foi campeão do
mundo, no final do ano passado. Estou dando os parabéns também porque somos
esportistas e somos gaúchos. Parabéns aos Colorados.
Quero dizer que estamos aqui hoje, primeiro dia de
2015, começando um trabalho forte, fomos eleitos para cuidar da população de
Porto Alegre trabalhando sempre firmes, respeitando sempre o próximo,
humildemente, simplesmente, mas sempre firmes para defender o povo que nos
colocou aqui, que nos elegeu, se falando de toda a sacanagem de todos esses
esquemas que têm, como o Ver. Delegado Cleiton falou, de próteses, de tudo.
Todas essas corrupções, cada vez que abrimos os jornais, que ligamos a tevê,
nos deixam tristes, porque nós devemos fazer a nossa parte, continuar fazendo a
nossa parte com transparência, com honestidade para que a população ainda
acredite que a gente possa fazer nosso trabalho, que a gente tenha um país com
ganhos, com qualidade para o nosso povo tão sofrido. Trabalharemos até o fim
deste mandato, com certeza, fazendo a nossa parte. Não é porque aconteça um
esquema aqui, um esquema ali que a gente vai dar para trás e deixar as coisas
acontecerem. A gente tem que trabalhar tranquilo, colocar a cabeça no
travesseiro e dormir tranquilo porque a nossa parte nós vamos fazer. A gente
está aí trabalhando para o povo e o povo tem que pensar que tem alguém na luta,
na frente deles, porque eles nos colocaram aqui para sermos a frente deles e
com certeza vamos até o fim, trabalhando sempre firmes, com honestidade, com
humildade, mas, na hora que tem que ser firme para fiscalizar, seremos firmes,
não importa se é com aquele ou com aquele outro, trabalharemos firme,
cobraremos, porque estamos aqui para trabalhar pelo povo que nos elegeu. Podem
esperar porque vamos sempre ser a voz do povo aqui na Câmara Municipal...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra em
Comunicações.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Presidente, bom dia aos Vereadores, às Vereadoras e a todos os que nos
assistem; a gente lamenta muito pelo acidente de ontem, somos solidários às
famílias. Infelizmente, essa pressa de chegar, às vezes, interrompe a vida de
parentes, amigos e até de filhos. Eu quero aqui, Presidente Mauro,
parabenizá-lo por este ano de 2015, que o senhor faça um belíssimo trabalho,
sei da sua capacidade, junto com os demais – o Paulo Brum, a Jussara, o
Delegado Cleiton, o Waldir Canal e o amigo Paulinho Motorista, que citou aqui o
campeão do mundo. Campeões do mundo somos todos nós, todos os azuis são
campeões do mundo. Nós, naquele momento, representávamos a camisa do Grêmio lá
naquele outro continente, que era o Japão, que, graças a Deus, nos deu a
oportunidade de trazer essa alegria para o Rio Grande do Sul e para o Brasil.
No ano passado não apresentei projetos, apenas
Pedidos de Providências, porque tenho três projetos sancionados pelo Prefeito:
primeiro, o Museu do Negro; segundo, o biombo nas bocas do caixa. Tanto o Museu
do Negro quanto o biombo nos bancos são muito importantes, porque são para o
povo de Porto Alegre. O projeto do banco, do biombo, é para o usuário do banco
– e já vemos em algumas agências. Agora, nesse período em que estou tento a
tranquilidade de andar, nos dias de semana, por Porto Alegre, quando está mais
vazia – com todo mundo na praia, curtindo merecidamente –, tenho visto que esse
projeto do biombo não foi regularizado. Esse biombo dá uma tranquilidade para
quem vai fazer saques na boca do caixa; poucas pessoas têm acesso – isso dá
tranquilidade para as saidinhas de banco, para que essas pessoas tenham mais
segurança, pelo menos minimiza. Gente, para o banco isso não é nada! Apenas
colocar um vidro na boca do caixa, como tem aqui no Centro, na Caixa Econômica
Estadual e no Banrisul. Mas e os outros bancos? Pedimos ao Executivo que nos
ajude nesses projetos aprovados, para que sejam regularizados, dando
tranquilidade para o nosso povo. E também nessas minhas caminhadas por Porto
Alegre – não é uma crítica, é um pedido: há muitos buracos nas ruas, nas nossas
calçadas e chegou o momento de se trabalhar em cima disso. Acho que chegou o
momento de o Executivo começar a arrumar, porque não vai ter esse
engarrafamento no trânsito. E aí vamos ter, para os cadeirantes e para todas as
pessoas, mais tranquilidade para andar nesta querida Porto Alegre.
O Sr. Delegado
Cleiton: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Tarciso, só
para lhe deixar mais tranquilo sobre o seu projeto de biombos nos bancos – e
nós temos aqui o Ver. Janta, que também tem um projeto: nós criamos, no início
do mandato, o Estatuto da Segurança Bancária, que entrará em Pauta neste ano,
se Deus quiser. Estaremos realizando, em abril ou maio, um seminário reunindo
aqui Sindicado dos Vigilantes, Sindicato dos Bancários, Confederação dos
Bancos, Orçamento Participativo, para discutir todas as normas referentes à
segurança bancária, que temos visto que está muito precária e com algumas leis
obsoletas.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Obrigado, Ver. Cleiton. Então, é muito difícil. A gente senta para fazer
um projeto, vê até onde o projeto é legal, em que ele vai ajudar a cidade de
Porto Alegre. Aí, a gente vem para o plenário, apresenta a justificativa para o
projeto, é aceito pelos Vereadores, é votado e aprovado. Aí ele é sancionado
pelo Prefeito, mas não é regularizado. Então, é um projeto que cai na gaveta!
Então, a gente pede aqui com todo o carinho, porque
a intenção é melhorar Porto Alegre, esta Cidade que eu moro, moram meus filhos,
moramos todos nós. E queremos ver uma Porto Alegre tranquila e com muita
segurança.
Quero parabenizar o Ver. Márcio Bins Ely e o Vieira
da Cunha, porque acho que as três coisas mais importantes na nossa vida hoje
para termos um País de primeiro mundo são: saúde, segurança e educação.
A gente está vendo tanta coisa na Saúde... Ontem eu vi, no Jornal Nacional, as pessoas com dores, e
remédios estragando, jogados fora milhões de reais em remédios. Isso é um
crime!
Então, eu acho que
este País, neste momento, tem que mudar, e acredito que em 2015 é um ano muito
importante. Brasinha, vocês não se deram conta que o Grêmio, sempre que teve os
grandes feitos, eles foram feitos em anos ímpares: 1981, 1983, 1977. Então, a
gente conta que no ano de 2015, ao meu Presidente Romildo, que foi meu
Presidente no PDT, que tenha toda a sorte, e essa será a nossa sorte, para nós
que torcemos pelo Grêmio. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente,
colegas Vereadores, eu ouvi alguns dos colegas que nesta tribuna subiram
falarem questões que, desde domingo, ocupam os noticiários, a questão das
próteses. Parece que se descobriu um grande esquema, do qual ninguém sabia
neste País, mas uma coisa que nesta tribuna eu já vi membros desta Casa
denunciar, que ocorre aqui em Porto Alegre, que ocorre nos Municípios já
levantados, e coisas que a gente vê. Quantas vezes nós, quando chegamos aos
consultórios dos nossos médicos, já vimos moças bonitas, rapazes bem apessoados
saindo de dentro dos consultórios, Paulinho, com aquelas malas. Aquilo nada
mais é, Brasinha, do que lobby dos
laboratórios, que fazem os congressos médicos na Costa do Sauípe, que fazem os
congressos médicos nos resorts deste
País. Quando a gente chega ao consultório de um médico, o doutor não receita
para nós a cura, não receita para nós o nome científico do medicamento; ele
receita a indicação do laboratório, o que a moça e o rapaz que saíram lá
de dentro deixaram para ele, e deixaram uma amostra grátis. Então, a prótese é
um efeito disso. A minha mãe toma um medicamento, que eu busquei na Justiça, é
caríssimo, que o Brasil não quebrou a patente ainda. Minha mãe sofre de
esclerose múltipla, como a filha do Ver. João Bosco Vaz, e as duas tomam o
mesmo medicamento, e nós tivemos que buscar esse medicamento na Justiça, porque
o Governo não quebrou a patente desse medicamento. Então esses laboratórios
detêm o monopólio e usam as pessoas para propagandear esses remédios. Igual às
próteses, idêntico às próteses! Porque isso não tem uma central? Se é o Governo
que paga, o Governo que tinha que dar a prótese; se é o Governo que paga, o
Governo que tinha que comprar a prótese, o Governo que tinha que ter a sua
central. É como a questão dos medicamentos. A coisa é séria, e o Governo está
falando muito em fazer uma CPI nessa questão. Esperamos que faça uma CPI geral
nessa questão da saúde, porque não é só o lobby
das próteses; é o lobby de toda
questão da saúde, de quem vende produto hospitalar, de quem vende medicamento,
de quem vende ambulância, de quem vende aparelho de pressão, de quem vende
seringa, é o lobby de quem vende
tudo! É um lobby muito grande! Se a
saúde no Brasil fosse tratada com seriedade, com certeza, nós teríamos mais
tempo de vida, a cura seria mais rápida, as pessoas não estariam na disputa dos
laboratórios. A gente vai ao médico, o remédio é esse. A gente vai num outro
médico, o remédio é aquele, conforme o lobby,
conforme o congresso, conforme o hotel, que o médico foi. Então, eu acho que
esse assunto das próteses tem que alertar a todos nós, sobre a ética que tem
que se ter na hora de tratar as pessoas, não só no tratamento, mas
principalmente na hora da cura, na hora do medicamento, na hora do que deve ser
dado para as pessoas.
Eu, no início do ano passado, tive um problema
muito sério de saúde e uma das receitas que o médico me deu foi sabão de
glicerina. Sabão de glicerina! Nenhum médico ia me dar essa receita. Outra foi
homeopatia, nenhum médico ia me dar essa receita; iam me dar muito antibiótico,
muito remédio de laboratório. Sabão de glicerina: lavar minha perna com sabão
de glicerina, diariamente, com muito sabão de glicerina, tomar muita
homeopatia. Eu acredito que nenhum médico iria dar isso, porque estaria
comprometido com o laboratório, e seria muito remédio de laboratório, muita
penicilina, muita química que iriam botar para dentro do meu corpo.
Então eu acho que isso nós temos que discutir, e
cabe a esta Casa, cabe à Comissão de Saúde desta Casa, porque nós temos membros
aqui – a Ver.ª Lourdes faz parte, o Mauro, até há pouco tempo, fazia parte – e
temos que começar a discutir essas questões. Muito obrigado, Sr. Presidente,
por ter me dado esse tempo de Liderança.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Estão encerrados os
trabalhos da 1ª Reunião Ordinária da Comissão Representativa.
(Encerra-se a
Reunião às 10h47min.)
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